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domingo, 22 de outubro de 2006

O CAUSO DO CACHORRO PIPOCA


Na boca do capão fechado,
Trançado dos pau seco do serrado,
Aloitava eu, armado de foice,
Pau-a-pau com uns murundus de caraguatá.

Conversa de gente num tinha.
Só mesmo o pipoca,
Meu cachorro bragato,
É que me fazia companhia.

O Pipoca era mesmo que nem eu:
Mais pra vira-lata do que de raça;
Mais pra medroso do que pra corajoso;
E mais esperteza do que todo o resto.

Então no meio do meu legado,
Avistei que vinha vindo
Dois porco do mato
No trieiro enfileirado.

Tive na hora um prano,
Desses de imediato,
Que se tudo desse certo,
Um deles era finado.

Aticei logo o Pipoca,
Que viu e foi atrais.
Enquanto eu arrodeava o mato,
Pra esperar do outro lado.

E entraro no capão,
Todos treis infilerado.
Enquanto eu tava aguardando,
Do outro lado atocaiado.

De repente ouvi um barulho.
É eles que vem chegando!
E quando vi o primeiro vurto,
Com a foice fui golpeando.

Acertei arguma coisa,
E os porco foram fugindo.
Quando fui presta atenção,
Era o Pipoca que eu tinha partido.




Mais o cachorro não disistiu,
Não estava terminado.
Empolgado com os porco,
Metade saiu prum lado.

Eta metade valente!
Que corria que nem gente,
Troteando passo a passo,
Só com as duas pernas da frente.

Perdi todos de vista,
E os porco se separaro.
Mas no fundo da reserva,
Escutei um acoado.

Era a metade do bragato,
Que o porco tinha alcançado.
Mirei bem com a minha foice,
E o porco tava caçado.

De repente escuto um barulho,
Que vinha do otro lado.
Era um barulho forte,
Que nem uns peido bem sortado.

Num acreditei quando vi,
Mais um porco tava acoado.
O animar se entrego,
Pra outra metade do bragato.

Hoje o Pipoca ta bem.
Que nem antes do fato.
Só ficou as cicatriz,
No meu cachorro costurado

Um comentário:

Anônimo disse...

hahaha, muito bom! eita cachorro valente!